Na minha infância eu vi muitas garotas filhas da burguesia ganharem um carro ao completar 18 anos. O carro era a chave da vida adulta. Servia como um divisor de águas: antes – apenas uma guria, depois – uma menina-mulher. Eu achava isso o máximo, uma experiência única! Ter um carro.. Poxa! Era tudo de bom!
Passei muitos dias da minha infância me questionando: E eu? De quem eu iria ganhar um carro? Quem iria me presentear com uma máquina daquelas quando eu chegasse aos 18?
Bom.. Cheguei aos 18. Até já passei deles. Quanto ao meu carro? Bem.. Deixa isso pra lá, melhor não comentar..
Contudo, não deixei de gostar e de sonhar com o “meu carro”. Muito pelo contrário, agora gosto ainda mais de carros e, para completar, meu namorado entende muito sobre eles e estou aprendendo com ele também.
Hoje uma das atividades que mais me agrada é escolher e comprar carrinhos para completar minha coleção que ainda é bem sutil..
Continuo querendo meu carro. Quero um carro com muito estilo e beleza. Um que seja luxuoso e possante. Que eu possa arrasar dentro dele!
Conferindo minhas despesas mensais e olhando atentamente para o meu salário tive uma grande revelação: impossível comprar até um fusquinha 82. O jeito é aguardar mais um pouco e andar a pé mesmo.
Lela Almeida, professora-mestra. E continua andando a pé..
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