Hoje fui ao supermercado comprar alguns itens que faltavam em meu armário e em minha geladeira. Confesso que já saí de casa um pouco triste e deprimida, há poucos minutos eu havia chorado bastante e meus olhos ainda denunciavam o acontecido. Em minha mente alguns questionamentos ainda me deixavam inquieta e, por isso, estava eu a andar bem distraída.. Antes de chegar próximo à esquina da minha rua comecei a imaginar o que poderia encontrar após aquela esquina..
Nunca sabemos a medida do que nos espera depois de dobrarmos uma esquina. Por vezes encontramos apenas outra esquina, outras vezes chegamos apenas ao fim da rua, outras encontramos mais caminho, mas pode acontecer algo inesperado e tropeçarmos em algo diferente, em algo com uma forma nova, com um novo rosto, com novos horizontes e um tempo mais aberto que aquele que já conhecíamos. Como reagir perante isto? Não há respostas.. As respostas têm a forma das nossas perguntas e muitas vezes não precisamos fazer mais perguntas para saber o que queremos, as coisas falam por si apenas. Qual a necessidade de mais perguntas? Para que procurar mais respostas? Perdemos tanto tempo à procura e por vezes tudo esteve sempre à nossa frente e nós carentes de um olhar focalizador não conseguimos alcançar. E quem sabe o que nos aguarda ao virar da próxima esquina?
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